Um dia Inesquecível (1999)

Texto de Ettore Scola e R. Maccari
Encenação de Helder Costa
TeatroCinearte, 27 de Janeiro


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

Cenografia, Cartaz: José Manuel Castanheira

Guarda-Roupa, Programa, Co-direcção: Maria do Céu Guerra

Luminotecnia: Paulo Xavier

Sonoplastia: Fernando Pires

Locução: João Paulo Guerra

Carpintaria de Cena: Mário Dias, Paulo Ramalho

Fotografia: Mário Guerra

Elenco: Maria do Céu Guerra, João D’Ávila, Júlia Lello, Carlos Sebastião, Jorge Mourato, Mafalda Franco, Ricardo Medeiros de Castro, Fernando Pires Júnior

O Cidadão Tem De Ser Livre


"A BARRACA" decidiu, como companhia convencionada, programar "COISAS DO MILÉNIO".
Como qualquer coisa é "Coisa do Milénio", o projecto poderia ser tudo ou, bem espremido, não ser nada. Fomos à tomada de Lisboa ("Carta do Cruzado Osberno"), ao mestre da utopia e do absurdo (Swift, "As Viagens de Gulliver"), à problemática feminista contemporânea("Que dia tão estúpido" de Dario Fo), satirizámos a moderna política (Queres ser Ministro?), recordámos as Descobertas de Portugal no Séc. XVI("Fernão Mentes?") e começámos a estudar as guerras e sistemas do nosso tempo("Viva la vida", sobre a Guerra Civil de Espanha e "O Príncipe de Spandau" Sobre a ideologia Nazi).
E agora surge "Um Dia Inesquecível ", versão portuguesa de "Una Giornata Particolare" de Ettore Scola. E, desta vez, analisam-se esses sistemas opressivos - fascismo, Nazismo - sobre outros ângulos: o da limitação à liberdade individual, o da castração dos sentimentos e aspirações mais legítimas do ser humano.
Talvez seja este o ponto mais importante para denunciar essas ditaduras tenebrosas, ou falsas democracias contemporâneas: o crime não consiste só em favorecimentos políticos, familiares ou sociais, perseguições ideológicas e partidárias.
O crime consiste essencialmente em não permitir o livre desenvolvimento da criatividade, do talento, do gosto pessoal de cada um.
A isso, chama-se impedir o livre exercício da cidadania.
É o assassinato de um povo.

Hélder Costa

O que dizem sobre nós

“(...) Helder Costa a su mettre en place un cadre adéquate, et l’actrice, Maria do Céu Guerra, y a mis son âme, sa lumière intérieure de très grande artiste qui a tout compris de l’âme humaine et sait le dire sur tous les registres avec une justesse et une intensité exceptionnelles”

Claude Demarigny, in L’Avant-Scène

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