Rinoceronte (1993)

Texto de Ionesco
Encenação e dramaturgia de Helder Costa
Teatro Cinearte, 26 de Outubro


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA 

Tradução: António Pedro

Guarda-Roupa, Cenografia: Maria do Céu Guerra

Execução de Guarda-Roupa: Leonor Rocha

Cortinas: Alice Ferrugem

Iluminação: Paulo Guerra

Sonoplastia: Fernando Pires

Elenco: Orlando Costa, João Ricardo, Ilda Roquete, João Maria Pinto, Pedro Alpiarça, José Boavida, Paula Coelho

- Posso dizer a minha opinião?


Chegámos ao fim do nosso ciclo IONESCO, com a montagem de uma das peças emblemáticas desse autor. A metáfora imaginada é tão brilhante que todas as ideologias se tentam apropriar dela.
Ionesco disse que a tinha escrito porque queria combater a memória do nazismo da sua adolescência da Roménia; e, por isso, homenageou Jean-Louis Barrault por ter utilizado uma banda sonora com hinos da Wermacht. Houve quem dissese que ele também tinha querido combater o Estalinismo, recentemente o próprio Ionesco falou da manipulação extrema dos fenómenos da moda... e, está claro, pode-se imaginar os mil e um alvos que esta peça pode atingir.
Para mim, significa um acto de homenagem ao indivíduo, uma recusa da massificação, um hino ao direito de saber, de se informar e de poder decidir.
Trata-se de um acto de cidadania. Com todo o humor e pessimismo que esses actos também trazem consigo.


Hélder Costa

O que dizem sobre nós

 “(...) Aquilo que significava, nos anos 60, nos dias de Salazar e de outros ditadores, um processo de luta antifascista, ganhou hoje sentidos mais amplos. O ‘Rinoceronte’ de hoje é a massificação, é tudo o que retire o direito ao pensamento e à opinião, o direito à diferença”

Ana Maria Ribeiro, in revista “Sete”

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