Macbett (1993)

Texto de Eugène Ionesco
Encenação de Helder Costa
TeatroCinearte, 1 de Junho


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

Tradução e Cenografia: Maria do Céu Guerra

Guarda-Roupa: Maria do Céu Guerra, José Rosa

Execução de Guarda-Roupa: Leonor Rocha

Cortinas: Alice Ferrugem

Aderecista: Victor Sá Machado

Iluminação: Paulo Guerra

Sonoplastia: Fernando Pires

Produção: Maria do Céu Guerra, Luis Filipe D’Almeida

Elenco: Maria do Céu Guerra, Orlando Costa, João Maria Pinto, Ilda Roquete, João Ricardo, Pedro Alpiarça, José Boavida, Leonor Alcácer

Poder, Poder, a quanto obrigas!


Riso cruel, cinismo, paranóia, especiarias raras e agradáveis condimentos do Poder. É assim que pensa Ionesco sobre a conquista e exercício daquele estado de graça "posso, quero e mando".
Com o seu gosto gozador e abusador, decidiu rir com coisas que não têm piada nenhuma - guerras, catástrofes, epidemias - talvez acreditando, na sua ingenuidade moralista, que era o único processo de olhar a sério para esses "acidentes da vida e da Natureza".
No fim de contas, não estamos longe da sabedoria popular. Tristezas não pagam dívidas, e porque é que não havemos de rir saudavelmente com o que se passa à nossa volta?
Já Shakespeare dizia nesse Macbeth que serviu de inspiração a este Macbett nosso contemporâneo: "A vida não passa de uma história contada por um louco, cheia de furor e barulho, e que nada quer dizer".


Hélder Costa

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