Mi Rival (1992)

Texto de Ralph Talbot
Encenação e adaptação de Helder Costa
TeatroCinearte, 12 de Janeiro


FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA

Guarda-Roupa: Kina

Cenografia: Carlos Ramalho

Iluminaçãoe Sonoplastia: Carlo Pereira, Fernando Morgado

Elenco: João Ricardo, José Boavida, Paula Sousa

Mi rival es mi próprio corazón...

Um travesti, um sonho: o vedetismo, a fuga dos bairros de lata, a conquista de um nome, um lugar, a glória, a paz, o sossego. No fim de contas, é uma iniciativa louvável.
Também Deus escreve direito por linhas tortas.
Um polícia, um sonho: a farda, a autoridade, ordenado garantido, portas abertas para subir na vida. Longe das cabras, das ovelhas, das noites frias, da pobreza, da humilhação.
E a grande cidade, como é? Será que posso mandar em tudo?
Eva, mãe de todas as flores, transporta consigo séculos de sofrimento e angústia. Mais que sonhos, tem certezas.
Isso deu-lhe força e inteligência. Um pouco dura, talvez, mais inteligência.
O contra-veneno não tem de ser mais forte que o veneno?

***

Soluções para este pseudo-triângulo? A vida é muito mais complexa.
O que é a Ordem, a Desordem, o "Tomar juízo?"
Deixemos a obra aberta, e no fim façam-nos o favor de a discutir. De preferência, aos gritos. Os personagens merecem.

Hélder Costa

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