Elogio da Loucura (reposição, 2023)
Texto de Erasmo de Roterdão
Espectáculo de Hélder Mateus da Costa e Maria do Céu Guerra
Teatro Cinearte, 7 de Setembro
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Texto: Erasmo de Roterdão
Dramaturgia e Encenação Hélder Mateus da Costa e Maria do Céu Guerra
Elenco Maria do Céu Guerra, Adérito Lopes,
João Maria Pinto, Miguel Henriques, Ruben Garcia, Samuel Moura, Sérgio Moras, Teresa Mello Sampayo, Tiago Barbosa, e Vasco Lello.
Música Original Maestro António Victorino de Almeida
Execução Musical Miguel Henriques e Tiago Barbosa
Desenho de luz Vasco Letria
Operação de Luz e Som Ruy Santos e Ricardo Silva
Cartaz e Design Gráfico Maria Abranches
Guarda-roupa Elza Ferreira
Modista Alda Cabrita
Produção Inês Costa
Fotografia Maria Abranches
Erasmo, um construtor da Europa
Erasmo era cristão, mas sabia ver as falhas que existiam no fanatismo religioso, na opressão da igreja católica e o seu mundo de corrupção de que foi um ponto alto e inconcebível a invenção das Indulgências! Uns papéis que eram vendidos para absolver dos pecados quando chegasse o Juízo Final! Ele denunciou essa prática, que depois Lutero imitou e deu origem à cisão Protestante.
Claro que este teólogo e pensador criticava também muitos comportamentos e pensamentos da sociedade, não só do seu tempo, mas de abrangência Universal e atemporal. E como verdadeiro homem do Renascimento, construiu um humanismo de raiz cristã, unindo a sabedoria da Antiguidade com a ética do Cristianismo, que combatia a hipocrisia de cristãos que cometiam erros e diziam que a culpa era do Diabo!
Este novo homem do Renascimento tinha confiança em si próprio, conquistada com uma luta que o transformou no grande instrumento da sua época, livre de ter como único socorro a graça divina. Fugia do medo e do pessimismo e olhava o futuro com optimismo, confiando na sua acção, no seu livre-arbítrio. E como não era fanático, compreendeu sempre que um ateu é preferível a um falso cristão, como já disse o Papa Francisco.
Foi o “homem Europeu”, cidadão do mundo que espalhou a sua mensagem pela Flandres, onde nasceu, Alemanha, França, Inglaterra, Itália e Suíça, onde terminou os seus dias também fugindo à Inquisição.
Entre as muitas amizades que criou é de realçar Thomas More, autor de “Utopia” e a quem ele dedicou a obra-prima “ O Elogio da Loucura”, cuja agudeza satírica e coragem continuam a ser um bálsamo para os nossos tempos.
Talvez fosse de começarmos a pensar num Neo-Renascimento.
Hélder Mateus da Costa
O que dizem sobre nós
in Boa Onda, Correio da Manhã (15 de Setembro de 2023)
Temporadas
Elogio da Loucura (2021)
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